Big Data No Varejo

Big data no varejo: veja quais são as aplicações

Nos últimos anos, surgiram diversas tecnologias capazes de oferecer inúmeros benefícios aos mais variados tipos de negócios. Uma dessas novidades tecnológicas é a utilização de Big Data no varejo, que, apesar de relativamente recente, já é capaz de proporcionar resultados positivos ao setor.

A utilização de Big Data requer uma infraestrutura moderna para fazer o processamento de um grande volume de dados. A popularização da computação em nuvem permitiu uma importante redução de custo em sua utilização. Entretanto, ainda existem muitas dúvidas sobre de que forma ela pode ser aplicada no varejo e quais os benefícios em cada uma delas.

A seguir, mostramos o que é essa tecnologia e como a utilização de Big Data pode contribuir para aumentar a lucratividade do comércio. Acompanhe a leitura!

Saiba o que é Big Data

Basicamente, Big Data é um termo utilizado para definir a tecnologia que analisa e trata uma grande variedade de informações coletadas de diferentes bases de dados (como redes sociais, lojas virtuais, entre outras) e de diferentes formatos, ou seja, podem ser vídeos, imagens, comentários em sites etc.

Para fazer o processamento dessas informações, é preciso contar com tecnologia específica, como Inteligência Artificial, Machine Learning, ferramentas de Business Intelligence, entre outras, que são capazes de interpretar tudo isso e transformá-las em informações específicas, que sejam relevantes para o negócio.

Entenda como utilizar Big Data no varejo

Existem diversas formas de aplicar a tecnologia no varejo, cada uma delas oferece benefícios específicos ao negócio. Confira a seguir como obter os melhores resultados com a utilização de Big Data.

Conhecimento do comportamento do público-alvo

Entender o comportamento do cliente é essencial para aumentar as vendas. Para isso, é preciso segmentar o público-alvo, de acordo com seus hábitos, preferências de consumo e informações sobre sua localização geográfica, social e inúmeras outras características capazes de traçar um perfil bem detalhado sobre o consumidor.

Dessa forma, é possível entender a psicologia de compra do cliente. Ou seja, por meio do estudo de seu comportamento, é mais fácil definir estratégias para atrair a sua atenção e estimular o consumo.

O uso da tecnologia permite, por exemplo, avaliar tanto o histórico de compras quanto as pesquisas feitas pelo consumidor. Com isso, é possível criar ofertas personalizadas para cada perfil, de modo a conduzi-lo da melhor maneira pela jornada de compras.

O conhecimento sobre a localização geográfica, por exemplo, contribui para que o lojista identifique tendências de consumo na região e possa oferecer produtos que atendam a essa necessidade específica.

Previsões de vendas

A análise dos dados ajuda a monitorar diferentes canais de vendas e identificar o comportamento do consumidor em cada um deles. Dessa forma, é possível desenvolver campanhas personalizadas, de acordo com os dados levantados.

O estudo permite identificar, por exemplo, por qual canal o consumidor costuma fazer a compra. Isso porque algumas pessoas preferem comprar pela internet e retirar na loja, enquanto outras preferem ao contrário.

Dessa forma, a loja consegue estabelecer em qual direção deve seguir e a quais necessidades do consumidor precisa se adaptar para ter um bom volume de vendas.

Tendências de consumo

Uma das formas de avaliar as tendências de consumo é por meio da análise preditiva. Trata-se de uma forma de análise utilizada com a finalidade de prever o comportamento do usuário com base em dados coletados no passado. Para isso, são utilizadas técnicas de mineração de dados e análises estatísticas.

Esse processamento permite ao varejo analisar uma série de informações para definir quais ações devem ser tomadas com a finalidade de alcançar um objetivo específico. Um exemplo é a venda cruzada, na qual um produto ajuda a promover a venda de outro. Assim, ao avaliar campanhas anteriores, pode-se identificar quais produtos têm essa capacidade e repetir as promoções de sucesso.

O uso da tecnologia também ajuda a prever o volume de vendas. Ao fazer a promoção de um produto em uma rede social, por exemplo, é possível identificar a aceitação do público e, com isso, fazer uma estimativa sobre a quantidade de itens em estoque que atenderão a essa demanda.

Outra análise possível é identificar a rejeição do produto e, assim, reduzir sua quantidade em estoque, para evitar maiores prejuízos.

Otimização de layouts de lojas

A disposição dos produtos nos corredores da loja deve seguir uma organização inteligente, ou seja, deve fazer sentido para o consumidor que busca pelas mercadorias. Por exemplo, ao analisar o comportamento de consumidores que compram macarrão em um supermercado, é possível verificar que a maioria também compra queijo ralado.

Portanto, ao organizar esse corredor em específico, é essencial manter a proximidade entre esses itens, a fim de garantir a satisfação do cliente e o aumento nas vendas. Essa organização é benéfica tanto para a loja, que aumenta suas vendas, quanto para o consumidor, pois evita que ele se esqueça de comprar o produto desejado.

Outra tecnologia utilizada em conjunto com Big Data para analisar o comportamento do consumidor durante a compra são os sensores RFID — Radio Frequency IDentification ou Identificação por Radiofrequência. Trata-se de etiquetas colocadas nos produtos que podem ser acompanhadas em tempo real e, com base nas informações coletadas, facilitam a otimização do layout da loja.

Conheça os desafios para adotar sua utilização

Um dos maiores desafios na utilização de Big Data pelo varejo é conseguir as informações sobre o cliente. Os problemas referentes à segurança da informação são alguns dos principais obstáculos enfrentados por quem deseja coletar os dados do usuário.

A razão dessa dificuldade é a quantidade de empresas que tiveram as informações pessoais de seus usuários acessadas por criminosos virtuais nos últimos tempos, o que passou uma imagem negativa sobre como as informações são tratadas. Em função disso, é preciso investir na proteção de dados com o objetivo de demonstrar a seus usuários que se preocupam com essa questão.

É preciso que o cliente tenha confiança na empresa para que permita a utilização de seus dados, o que enfrenta grande desafio, ainda mais depois da aprovação da LGPD — Lei Geral de Proteção de Dados — e da lei europeia GDPR — General Data Protection Regulation — que determinam que é necessário haver o consentimento do usuário para a utilização de dados pessoais.

A utilização de Big Data no varejo é uma novidade recente, porém, com diferentes possibilidades de uso, como para entender o comportamento do consumidor, avaliar tendências de consumo e otimizar o layout das lojas. Portanto, essa é uma excelente tecnologia que ajuda a conhecer melhor os clientes e a aumentar as vendas.

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